terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fim de semana rock'n'roll

O fim de semana que passou foi cansativo até de tanto rock'n'roll. Toquei em duas festas, uma na sexta e outra no sábado. Ainda nem tinha caído de cabeça na divulgação da Pulp Volume III por conta disso. Uma, a de sexta, tinha pouca gente. Já a de sábado teve uma plateia maior. De qualquer maneira, foram duas festas divertidas de tocar. Em ambas, fiz sets mais tradicionais, tocando mais rock dos anos 1990 para baixo, com poucas coisas pós-00. Ok, isso aconteceu bem mais na segunda (Communist party 7) do que na Friday (a primeira). Valeu pela experiência. Nas duas, abri a pista e consegui deixar uma galera para o DJ seguinte - que, por coincidência, foi o Bode Velho. Aqui vão as sequências:

Sexta - Friday é do balacobaco

1- Johnny Cash - Folsom prison blues
2- Rolling Stones - Paint it black
3- Beatles - Back in the USSR
4- The Clash - Rock the casbah
5- Iggy Pop - Candy
6- Ramones - Do you remember rock'n'roll radio
7- AC/DC - You shook me all night long
8- Dead Kennedys - Viva Las Vegas
9- Blondie - Heart of glass
10- Primal Scream - Rocks
11- REM - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
12- Cake - Never there
13- Sonic Youth - 100%
14- Nirvana - Lithium
15- Stone Temple Pilots - Big bang baby
16- Racounters - Steady as she goes
17- Strokes - Reptilia
18- Kaiser Chiefs - I predict a riot
19- Nine Inch Nails - The hand that feeds
20- Local H - Toxic
21- The Rapture - Whoo alright!
22- Ting Tings - Shut up and let me go
23- Radiohead - Jigsaw falling into place
24- Justice x John Williams - Imperial stress (mash up)
25- Chemical Brothers - Black rockin' beats
26- MGMT - Kids
27- Vampire Weekend - A-punk
28- Franz Ferdinand - Ulysses
29- She Wants Revenge - Tear you apart

Sábado - Communist party 7 (especial Cake)

1- Cake - Never there
2- Backbeat Band - Please mr. postman
3- Breeders - Cannonball
4- Red Hot Chili Peppers - Aeroplane
5- Cake - I will survive
6- Kiss - Rock and roll all nite
7- The Clash - Rock the casbah
8- Cake - The distance
9- Guns 'n Roses - Sweet child o' mine
10- Blondie - Heart of glass
11- The Who - My generation
12- Lemonheads - Mrs. Robinson
13- AC/DC - Jailbreak
14- Cake - Sheep go to heaven
15- B 52's - Private idaho
16- Van Halen - Pretty woman
17- Libertines - Up the bracket
18- Ramones - Do you remember rock'n'roll radio
19- A-Ha - Take on me
20-Dick Dale - Misrilou
21- Michael Sembello - She's a maniac

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A festa de 4 de dezembro

Vocês viram aqui minhas minirresenhas e as sequências que toquei nas duas primeiras edições da Pulp. Foi tudo muito bom, tudo muito bem. Agora já adianto aqui os quatro panfletos que passaremos a entregar em toda Brasília a partir da próxima segunda-feira. Tem pra todos os gostos! Ah, teremos mais surpresas para quem for nessa terceira edição. Mas eu é que não vou adiantar e estragar tudo... O esquema é ir, beber uma dose de Absolut de graça, dançar ao som do melhor rock'n'roll e curtir a festa!





domingo, 15 de novembro de 2009

O artilheiro de sangue azul

Dias atrás, um e-mail me vez lembrar de um período tumultuado na minha vida acadêmica. Entre o fim de 2003 e o início de 2004, eu tentava conciliar o trabalho como editor de Esporte do finado jornal O Estado, em Florianópolis, com o meu trabalho de conclusão de curso. Eu tinha mudado tudo no meio do caminho. A ideia era fazer uma grande reportagem em texto sobre o assassinato do Seo Chico, o último produtor artesanal de cachaça da cidade. Após fazer uma reportagem para o mesmo jornal em 2001, a proposta começou a crescer na cabeça. Mas algumas coisas acabaram me levando a colocar o projeto de lado. Um colega ia fazer antes, o filme que estava em produção...

De tanto conversar com um fotógrafo colega de redação, descubro a informação que me mostrou o rumo. Saul Oliveira Filho, o fotógrafo, era filho do maior artilheiro da história do Avaí. Artilheiro, treinador e presidente. Era tentador demais, para um avaiano, tentar escrever a vida de Saulzinho, o pequeno ponta esquerda que escreveu com gols sua história no futebol catarinense. Saul, o colega, tinha em mãos um manuscrito escrito pelo pai, contando casos e passagens da sua vida. Ele morreu antes de terminar. Como confiava em mim, passaria para eu usar como base no tcc.

Apesar do bom começo, o resto do trabalho não fluiu bem. O trabalho me consumia. As entrevistas acabavam não rendendo, a pesquisa teve umas janelas bem grandes abertas. Somente uma licença não remunerada de 15 dias não foi suficiente para fazer tudo que tinha para fazer. Quando entreguei o trabalho, veio o susto. Minha orientadora resolveu suspender minha banca para o semestre seguinte. Ganhei mais duas semanas. Reescrevi o texto todo, apurei um pouco mais, refiz umas entrevistas e bombei a pesquisa. Foi o suficiente para passar, muito inferior ao que Saul merecia.

O e-mail recebido era de um conselheiro avaiano. Ele descobriu o meu tcc, queria ter acesso. Mandei para ele, ao mesmo tempo que fiz várias ressalvas sobre o trabalho. Mesmo assim, parece ter agradado. Mas, após o pedido, me vi forçado a reler aquele trabalho, que um dia era um projeto de livro. Minha autocrítica aponta uma série de erros. O texto está duro, a apuração tem buracos... Se fosse retomar o projeto, praticamente teria que começar do zero. Porém, nesse momento, sabendo o caminho das pedras, ficaria mais fácil fazer uma obra à altura de Saulzinho.

Quem sabe um dia né?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Festa estranha com gente esquisita

Ontem foi o dia de tocar no aniversário de uma amiga. Uma coisa mais descompromissada, tanto que nem levei CDs, só ficava na mesinha de iPod trocando as faixas. Como não tô acostumado, cheguei a apanhar um pouco. Acho que realmente gosto do ritual de escolher as músicas nos discos, apesar de não haver qualidade real em nenhuma das duas mídias. Foi legal para tocar algumas coisas que eu estava afim há tempos, mas parece que todo mundo que foi ao convescote queria mais conversar sobre as mesmas coisas que fala durante o dia do que qualquer outra coisa. Por isso tenho reservas à eventos desse tipo.

1- Kings of Leon - King of the rodeo
2- Foals - Olympic airways
3- Blondie - Heart of glass
4- Vampire Weekend - A-punk
5- Kooks - Young folks
6- Albert Hammond Jr - 101
7- Lemonheads - Mrs. Robinson
8- Cake - Short skirt, long jacket
9- Commodores - Brick house
10- Elvis Presley - Jailhouse rock
11- Rolling Stones - Let's spend the night together
12- The Who - My generation
13- Queen - Under pressure
14- T-Rex - Get it on
15- George Baker Selection - Little green bag
16- Pizzicatto Five - Twiggy Twiggy
17- MGMT - Kids
18- Strokes - Last night
19- Franz Ferdinand - Take me out
20- Killers - Mr Brightside
21- Ting Tings - Great dj
22- The Living End - Tainted love
23- Pixies - Gigantic
24- Pavement - Cut your hair
25- Elastica - Connection
26- My Chemical Romance - Teenagers
27- AC/DC x Faith No More x Queen - Epic black rock (mash up)
28- James Brown x Prince - Sex kiss machine (mash up)
29- New Order - Blue monday
30- The Smiths - The boy with the thorn in his side
30- Madonna - Hung up
31- Jackson Five - ABC 123
32- The Pippettes - Pull shapes
33- George Michael - Freedom
34- Amy Winehouse - Tears dry on their own
35- Rod Stewart - Do ya think I'm sexy?
37- Bill Medley - (I've had) the time of my life

sábado, 10 de outubro de 2009

Pulp, o retorno

Sexta teve a segunda edição da Pulp, festa que eu e os camaradas Felipe e Leandro organizamos. Novamente, o público correspondeu, apesar das boas opções que Brasília oferecia para o público alternativo e da chuva que chegou em péssima hora. A impressão que ficamos é que o público foi um pouco menor do que na primeira, ainda não fechamos a conta com os chapas da Landscape. De qualquer maneira, eles gostaram e já querem passar a nossa festa de bimestral para mensal. Não sei se no momento temos como fazer isso, acho que não. Valeu a todo mundo que esteve lá, nos vemos na próxima! Como de hábito, aqui vai a sequência que toquei na festa, encerrando os trabalhos:

1- Vinheta - 20th century fox
2- Dick Dale - Misrilou
3- Michael Sembello - She's a maniac
4- The Trashmen - Surfin' bird
5- Teenage Funclub - Like a virgin
6- Madonna - Hung up
7- Ting Tings - Great dj
8- Katy Perry - Hot'n'cold
9- Amy Winehouse vs. The Four Tops - Rehab can't help myself [mash up]
10- MGMT - Kids
11- The Rapture - House of jeaulous lovers
12- Hot Chip - Ready to the floor
13- She Wants Revenge - Tear you apart
14- The Dandy Warhols - Bohemian like you
15- Bee Gees vs. The Police vs. Groove Armada - Roxanne should be dancing [DJ Zebra]
16- Spoon - Finer feelings
17- Depeche Mode - Enjoy the silence
18- Belle and Sebastian - Like Dylan in the movies
19- The Bird and the Bee - Love letter to Japan
20- Foals - Olympic airways
21- Tim Maia - Imunização racional (que beleza)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sequência de aniversário

Depois que troquei de celular - peguei um smartphone quase de graça, sem ter que aumentar minha franquia nem nada -, passei a anotar todas as minhas sequências desde então. Ahn, quase todas, na verdade, pois teve a festa na Landscape que eu e Bode Velho dividimos o set de uma hora. Nem teve graça, a pista tava cheia de lugar... se passaram mais de 30 pessoas naquela noite pela Lands é muito. Enfim, a última vez que toquei foi na festa de aniversário da Rosário, amiga da embaixada da Espanha. Sem pressão de encher a pista ou preocupado com o entre e sai na casa, pude fazer algumas experiências e ainda tocar algumas coisas que sempre toco. Bode Velho classificou essa sequência de electro. Mas ele não entende nada de música (hahaha). Aí vai:

1- Black Kids - Look at me (when I rock wichoo)
2- Raveonettes - That great love sound
3- Of Montreal - For our elegant caste
4- Foals - Olympic airways
5- The Dandy Wahrols - Bohemien like you
6- The Pipettes - Full shapes
7- Los Pirata - Lospi gospel
8- Mika - Grace Kelly
9- Cardigans - Carnival
10- Bee Gees vs. The Police vs. Groove Armada - Roxanne should be dancing [DJ Zebra]
11- Hot Chip - Ready to the floor
12- Ting Tings - Great dj
13- Datarock - Fa fa fa
14- Rapture - House of jeaulous lovers
15- Franz Ferdinand - Ulysses
16- Spoon - Finer feelings

sábado, 15 de agosto de 2009

Pulp




O resultado da festa foi muito mais do que poderíamos esperar. Deu tudo certo - tirando uns probleminhas no som e no telão -, apareceu muita gente, música boa até 5h30... Enfim, realmente superou todas as expectativas. A partir de, sei lá 2h, um grupinho se instalou no palco e só saiu quando a festa terminou. Ao mesmo tempo que garantiram um showzinho particular, um tanto libidinoso, aquele esfrega e rebola salutar, ficavam tropeçando nos fios e desligando toda a aparelhagem. E isso irritou um pouco. Mas isso não prejudicou o resultado. Os donos da casa gostaram e já querem marcar novas datas. Como de praxe, aqui vai minha sequência. Revelo que comecei errado. Ia tocar primeiro Misrilou, do Dick Dale - a festa era recheada com especiais de trilhas sonoras de cinema -, mas selecionei errado e entrei com Boys don't cry, do The Cure. Aí foi uma brincadeira do início ao fim, uma verdadeira folia.

1- The Cure - Boys don' cry
2- ABBA - Dancing queen
3- MGMT - Kids
4- Ting Tings - Great dj
5- Michael Jackson - Beat it
6- Britney Spears - Toxic
7- A-ha - Take on me
8- Madonna - Give it 2 me
9- Michael Sembello - She's a maniac
10- Amy Winehouse - Rehab
11- Katy Perry - Hot'n'cold
12- Dick Dale - Misrilou
13- Backbeat Band - Mr. Postman
14- James Brown x Prince - Sex kiss machine
15- Los Hermanos - Quem sabe
16- Trashmen - Surfin' bird
17- Violent Femmes - Blisters in the sun
18- She Wants Revenge - Tear you apart
19- Depeche Mode - Enjoy the silence
20- The Smiths - The boy with the thorn in his side
21- George Michael - Freedom
22- House of Pain - Jump around
23- Hot Chip - Ready to the floor
24- Urge Overkill - Girl, you'll be a woman soon
25- Tim Maia - Imunização racional (que beleza)
PS.: Atualização de quarta-feira, 3h:
O público final ficou em 206 pessoas. Totalmente excelente para uma sexta-feira concorrendo com a Play. E já temos nova data para a Pulp Volume 2. Marquem em suas agendas, será em 9 de outubro!

sábado, 1 de agosto de 2009

Play that funky music, white boy

Mais uma sequência tocada nas festinhas de Brasília. Desta vez, eu e Bode Velho dividimos uma hora na Play, um dos programas mais bacaninhas daqui. Ao invés de dividir o tempo ao meio, fizemos o seguinte esquema: cada um toca uma. Assim, ficava o desafio para o próximo manter o ritmo e a pista. Deu certo. Os organizadores da festa gostaram bastante. O público parece que também, muita gente dançando o tempo inteiro. Espero que venham mais participações na Play daqui para frente! Aqui vão as 15 músicas que tocamos (as em negrito são as minhas):

1- Beastie Boys - Sabotage
2- George Backer Selection - Little green bag
3- Offspring - Pretty fly (for a white guy)
4- Violent Femmes - Blister in the sun
5- REM - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
6- Artic Monkeys - Teddy Picker
7- Strokes - Reptilia
8- Franz Ferdinand - Ulysses
9- Bloc Party - Banquet
10- Killers - Mr. Brightside
11- Ting Tings - Great dj
12- MGMT - Kids
13- Hot Chip - Ready to the floor
14- Justin Timberlake - Sexyback
15- Los Hermanos - Quem sabe

terça-feira, 21 de julho de 2009

Strange times, here

Strange Times


Num piscar de olhos - para já começar bem com um chavão -, a vidinha dele mudou completamente. Nada mais de domingos solitários comendo China in Box às quatro da tarde. Nada mais de virar a madrugada assistindo a última caixa de um seriado qualquer que acabou de ser comprado. Nada mais de ficar enrolando no trabalho para não chegar no apartamento frio e vazio. Agora, ele prefere ver, do estacionamento, a janela entreaberta e a sala iluminada.

O espaço da cama diminuiu, o edredon às vezes escapa e não serve mais para duas pessoas. Mas não se importa com isso. O outro lado aquece quando o pé esfria. Ao acordar, vê que as manhãs de mau humor não são mais aquelas que costumavam ser. Ainda tem um pouco, afinal é turrão e um pouco antisocial. Faz parte do personagem que montou quando era um adolescente que precisava acordar cedo todo dia para ir ao colégio todos os dias.

Não se engane. Ele está feliz. Feliz como nunca esteve. E o quanto pode estar. Ele é uma alma velha e solitária. Mas, nesse momento, nada melhor do que receber os abraços e fingir que não gosta do que está acontecendo. Reclama sim, chama de Felícia, e segura a cara blasé. No fundo, porém, está sorrindo. E aposta que vai sorrir até todos os cabelos ficarem brancos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Until it sleeps

Tudo fechado e quase tudo desligado, só a luz da tela do lap top ilumina o quarto e faz sombra na parede. Já passou e muito da hora de ir dormir. Saco, mais um dia de insônia, mais um dia se arrastando no trabalho. Não sei mais o que ver/ler/ouvir. Digito meu nome no Google. Me surpreendo com a quantidade de páginas ctrl c ctrl v por aí. É, uma vez na internet o conteúdo se eterniza. Crio gosto pela brincadeira. Fico digitando nomes aleatórios, até que chego numa história envolvendo acordar para tomar banho, a música do gato durante o dia e a chuva pela janela do prédio. Engraçado, sounds very familiar. Não, não tem nada a ver. A não ser que eu fosse amigo do dr. Emmett Brown. Não, não é o caso. Aí eu tenho que concordar com o Cazuza: eu vejo o futuro repetir o passado. Mesmo com personagens totalmente diferentes. Ainda bem que não tinha final. Assim, posso escrever o meu mesmo, sem chuva nem gato no meio.

domingo, 24 de maio de 2009

Communist party 6




Mais uma listinha com as sequências que eu fiz na festinha de ontem na Landscape. A Communist party 6 superou todas as expectativas. Eu, Bode e Ronaldo achávamos que não iria dar ninguém, que seria um fracasso retumbante. Mas foi justamente o contrário. A foto que o Ronaldo tirou da pista prova isso. Como reza a tradição, aqui vão as músicas que eu toquei. Lembrando que ficou ao meu cargo o especial Strokes:
1º sequência:
1- She Wants Revenge - Tear you apart
2- Franz Ferdinand - Ulysses
3- Hot Hot Heat - Talk to me, dance with me
4- The Dandy Warhols - Bohemian like you
5- Strokes - Hard to explain
6- Strokes - What ever happened
7- Strokes - You only live once
8- Killers - Mr. Brightside
9- Kaiser Chiefs - I predict a riot
10- George Baker - Little green bag
11- Dick Dale - Misrilou
12- Eletric Six - Gay bar
13- Ramones - I wanna be sedated
14- Guns'n Roses - Sweet child o' mine
2ª sequência
1- Strokes - Last nite
2- MGMT - Kids
3- Ting Tings - Great dj
4- Hot Chip - Ready to the floor
5- Mika - Grace Kelly
6- 5,6,7,8's - Woo hoo
7- Velvet Underground - Who loves the sun
8- Beatles - Help
9- Strokes - Reptilia
10- Racounters - Steady, as she goes
11- Fat Boy Slim - Praise you
12- Michael Jackson - Billie Jean
13- James Brown x Prince - Sex kiss machine
14- Outkast - Hey ya
15- George Michael - Freedom
16- Madonna - Give it 2 me

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Goodbye Ruby Tuesday




É fato que a sorte é preciso tirar pra ter. Talvez nunca tenha pensado tanto nisso quanto nos últimos tempos. A viagem corrida, as poucas horas de sono, ver o Avaí campeão, ficar dias sem voz por causa dos gritos no estádio. Nem precisa dizer que sim, eu chorei antes e depois. Mailer dizia que machões não choram. Mas quem liga para isso esses dias? Eu que não.
Já perdi as contas de quantas vezes ouvi que isso é uma obsessão, que eu estava "tirando onda" ou que eu sou o único fora da ilha de Santa Catarina a ter essa paixão. Não estou sozinho, agora eu sei! Ver o dia amanhecer azul nas ruas e no céu foi uma sensação que eu já tinha esquecido como era. So lovely, it feels so right.
Só que chegou a segunda-feira. O sol ainda nem aparecia atrás do Cambirela e eu já estava na estrada. Na estrada para o aeroporto. Como um Harvey Dent atormentado, deu vontade de jogar a moeda para cima e esperar pela decisão dela. Mas aí, dias depois, chega o Mick e começa a cantar no meu ouvido:
"So if you're down on your luck, I know you all sympathize. Find a girl with far away eyes"
Voltamos à sorte. Diz Amarante, faz Dent, canta Mick. E eu continuo me perguntando se 2009 continuará tão divertido como está até agora. Acho que no sábado, 18h30, terei uma ideia.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sequência

Sábado teve festinha para comemorar o aniversário de um brother e mais quatro amigos dele. Público bem diferente daquele que eu costumo tocar. Landscape é meio jogo ganho né, a gente já sabe o que dá certo e o que dá errado na maioria das vezes. Nesse convescote, Bode Velho e Leandro Galvão me antecederam nas pick-ups. Cada um no seu metier, acabou comigo a missão de agradar o público feminino presente à festa. Como se isso fosse um grande sacrifício... Deixei claro que não tocaria funk nem axé, mas que rolariam algumas baixarias. Olhando os dois sets, de 45 minutos cada, acho que dava até para rolar uma Landscape. A primeira ficou bem mais pop, rolou até Britney e Justin Timberlake. A segunda, já no fim da festa, foi bem rock clássico, com três exceções no meio.

1ª sequência:
Katy Perry - Hot 'n cold
Elvis x JXL - A little less conversation
James Brown x Prince - Sex kiss machine
Madonna - Hung up
Michael Jackson - Thriller
Amy Winehouse - Rehab
Britney Spears - Toxic
Justin Timberlake - Sexyback
Cake - I will survive
Killers - Mr. Brightside
MGMT - Kids
The Ting Tings - Great dj

2ª sequência
Johnny Cash - Folsom prison blues (live)
Beach Boys - Wouldn't it be nice
Beatles - Yellow submarine
Rolling Stones - Satisfaction
Jackson 5 - I want you back
Teenage Fanclub - Like a virgin
Michael Jackson - Billie Jean
The Wonders - That thing you do
Kiss - Rock'n roll all nite
AC/DC - Jailbreak
Creedance Clearwater Revival - Fortunate son
Bill Medley - (I've had) The time of my life

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Rob Flemming/Gordon

Depois de um bom tempo, voltei a ter ideias para atualizar o blog. É engraçado, mas parece que a gente é movido por razões obscuras. Desta vez, um fim de semana ilhado em casa, sem poder sair por conta de uma gripe que seria pior caso não ficasse de quarentena. Aí, na madruagada de domingo, enquanto tomava banho, comecei a matutar sobre um novo top 5, um que serviria para tirar as teias de aranha impregnadas por aqui e que aliasse minhas duas grandes paixões artísticas: cinema e música. O desafio era fugir do senso comum, mas sem deixar de lado todas as coisas que eu gosto. Acabei formulando cinco melhores cenas embaladas por música. O nome é grande, eu sei. Só que é simples... são aquelas cenas que sem a música não funcionariam. Neste quesito, ninguém bate Tarantino. Como sempre, farei em ordem alfabética, pelo nome do filme.

1- Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's day off, 1986)
Beatles - Twist and shout



A cena, pra mim, é a mais determinante no filme, a que faz valer o título em português. Lá está Ferris Bueller, o rapaz que inventou a maior artimanha para matar um dia de aula com a namorada e o melhor amigo, em cima de um carro alegórico na parada do German American Appreciation Day. Não dá para esquecer o pai dele dançando no escritório, a turma fazendo a coerografia de Thriller, do Michael Jackson... Enfim, a cena simboliza toda a festa daquele dia em que Ferris decidiu matar aula! Foi por causa do filme que eu comecei a gostar de Beatles, que eu fazia minha irmã ligar para a rádio Atlântida, lá em Florianópolis, pedindo que tocassem Twist and shout, música que Ferris canta em cima do carro. Apesar de ouvi-la repetidamente por anos e anos e anos, até hoje não enjoei. Já tive várias fases da banda, mas taí uma canção que eu não deixo de lado. Ah, pra mim, Curtindo a vida adoidado é um dos melhores filmes de adolescentes de todos os tempos (hum, mais uma ideia para um top 5).

2- Matrix (The Matrix, 1999)
Rage Against The Machine - Wake up



Sim, eu sou fã incondicional do que o Bode Velho afirma ser o filme mais superestimado de todos os tempos. Eu gosto de todas as coisas envolvendo Matrix, da pseudo filosofia aos efeitos especiais então revolucionários (olha o bullet time aí). O casamento aqui é diferente. A música funciona como uma extensão da última cena. Lá está Neo numa ligação, dizendo que vai fazer de tudo para acabar com a Matrix. Quando ele sai da cabine telefônica, os primeiros acordes furiosos de Wake up estouram os ouvidos mais incautos. A música tem o mesmo objetivo que Neo. Quer que as pessoas acordem, que elas tenham mais consciência no dia a dia. Final perfeito para um dos melhores filmes dos anos 1990.

3- À prova de morte (Death proof, 2007)
The Coasters - Down in Mexico



Nenhum cineasta contemporâneo tem a mesma capacidade que Quentin Tarantino para encontrar pérolas esquecidas da música no mundo, colocar em seus filmes e transformar as trilhas sonoras em objetos cult. Ou até mesmo reviver e colocar no mainstream gente que nunca esteve lá, como Dick Dale após Pulp fiction. Tarantino já disse que um dos seus passatempos é ficar mexendo na sua coleção de vinis, procurando canções que entrem nas suas fitas. Além de ele conseguir fazer essas descobertas, ainda tem o grande mérito de trabalha-las como parte fundamental no roteiro. É aqui que se encaixa a música do The Coasters. Sinceramente, nunca tinha ouvido falar deles até assistir a magnífica cena da lap dance de Vanessa Ferlito. Tudo se encaixa muito bem. A dança, as reações de Kurt Russell, os olhares dos espectadores no bar, a ideia que isso só poderia acontecer em um filme B... Só Tarantino poderia inventar uma cena desse tipo, sensual e engraçada ao mesmo tempo.

4- Pulp fiction - tempo de violência (Pulp fiction, 1994)
Chuck Berry - You never can tell



Taí a cena que entrou para o imaginário pop nos anos 1990. A coreografia que até hoje as pessoas repetem quando ouvem Misrilou, do Dick Dale, nas festinhas rock'n roll espalhadas pelo país. A direção que fez John Travolta dançar novamente após quase 15 anos - algo que não era a disco music dos anos 1970, por sinal. Segundo filme diriido por Tarantino, ele colocou a barra lá em cima, fazendo os fãs esperarem que em todos os filmes dele existam cenas que a música seja essencial. Sem Mia Wallace e Vincent Vega participando do concurso do Jack Rabbitt, não existiria a lap dance de À prova de morte. Além disso, muito gente por essas bandas não conheceria gente como Dick Dale, Dusty Springfield e outras pérolas presentes na trilha de Pulp fiction.

5- Watchmen (Watchmen, 2009)
Bob Dylan - The times they are a-changing



Eu poderia abrir uma exceção e colocar a sequencia inicial de créditos de Watchmen em primeiro lugar, largar um pouco a ordem alfabética... Afinal de contas, Zack Snyder ampliou o que já tinha feito em Madrugada dos mortos e chegou a cinco minutos de pura perfeição. Tudo se encaixa. Nesse pequeno tempo, ele consegue contar a história dos primeiros Minutemen, dizer como eles acabaram, fazer ligações para o futuro e contar trechos da biografia de um dos herois nesse curto espaço de tempo. Sem esquecer na música de fundo, que, além de casar perfeitamente com o que filme quer dizer, está lá nas páginas do quadrinho. The times they are a-changing é uma das minhas músicas prediletas de Bob Dylan. Ao ver a cena, fiquei arrepiado. Por mais que Watchmen seja elogiado - pra mim é um filme nota 8 -, repleto de cenas interessantes e muito bem feitas, aponto a sequencia inicial de créditos como a melhor de todas. De novo, tudo se encaixa.

segunda-feira, 9 de março de 2009

É com você, Rob Flemming

Ainda há pouco estava na fila do drive thru do Mc Donald's, depois de uma noite cheia de nãos e com nenhum sim. O vento passava forte, anunciando a chuva de quase todo santo dia nessa época do ano no planalto central. Realmente demorou para poder fazer meu pedido. Sem nada para fazer além de esperar, viajei longe e longe. Lembrei do vento suli de Florianópolis, e como gosto do frio que faz por lá. Não sei como recordei da cobrança para fazer mais top 5 por aqui. Não apareciam há um tempo no blog desde um que surgiu no Plurk. O motivo era simples: falta de inspiração. Até que ela veio. E, como da última vez, será um extremamente subjetivo. O tema: top 5 canções melancólicas/tristes. Ordem alfabética, ok crianças?


1- Aerosmith - Dream on
Aerosmith (1973)



Nos tempos de colégio, eu simplesmente odiava Machado de Assis. É difícil demais ler um cara com a complexidade dele quando você tem 15 anos. Hoje, é um dos meus escritores brasileiros prediletos. Na mesma época que eu odiava Machado, eu não parava de ouvir Aerosmith. A explicação: estava numa fase hard rock. E os clipes com Alicia Silverstone bombando na MTV também ajudavam. Agora eu passo longe; era um gosto altamente juvenil. Entretanto, algumas músicas me impressionam até hoje. Dream on é a que tem o efeito mais duradouro. Ela tem um clima pesado, muito por causa das notas no piano tocadas por Steven Tyler. Sua letra é de uma melancolia por tudo que já aconteceu, pela idade que vem chegando e está clara no espelho. Mesmo assim, ele não quer deixar de sonhar até que tudo se concretize. Repete várias vezes "dream on, dream on" como se fosse um mantra, uma tentativa de espantar a melancolia, a dor e a tristeza do começo. E ele falha.


2- Amy Winehouse - Back to black
Back to black (2006)



Sim, Amy é doidona, bebe todas, usa o que quer, apronta na hora que bem entende e se livra numa boa. Mas isso não impede a filha de um humilde taxista inglês de realmente sentir suas dores, especialmente a de perder o amor da vida para outra pessoa. Tá certo que eles não se davam muito bem assim não. Ele gostava de pó e ela de maconha. Nesse momento, até surge uma certa resignição que talvez o amor não fosse suficiente. Mas esse pensamento só dura um pequeno momento. Ela volta ao luto logo logo. A despedida não foi do jeito que queria, só com palavras. E ela ainda morreu 100 vezes por causa da separação. O clipe consegue ser ainda mais melancólico, com todo aquele climão de um enterro pomposo numa tarde chuvosa.

3- Blind Melon - No rain
Blind melon (1993)



"Ah, eu adoro o clipe da abelinha!" Muita gente gosta, acha bonitinho, uma coisa meio Pequena miss sunshine mais de 10 anos antes. A menina sapateia, chora, é consolada pelos doidões da vida, as cores brilham nos olhos e fica tudo bem, certo? Não. A vida nem sempre é assim, nem sempre tem final feliz. Só quem olho pela janela e se perguntou o motivo de a chuva ainda não ter aparecido é que sabe das coisas. Como pode ser digno alguém que só sorri, certo? No rain é o perfeito contraste entre melodia e letra. Uma te deixa com vontade de deixar, jogar os braços para os lados feito criança, pular, rir. A outra te dá um murro no queixo e te derruba.

4- Gogol Bordello - Alcohol
Super taranta! (2007)



O punk cigano agradece ao álcool por tudo que aconteceu na vida. Chega até a pedir desculpas por aqueles que te dão a fama ruim. "And I'm sorry some of us given you bad name. Yeah o yeah, cause without you nothing is the same." Tem mesmo que dizer mais alguma coisa? Quando ouço, parece que estou num fim de festa, onde o dotadão levou todas as mulheres e só restou a cerveja quente com gosto de mijo.

5- Johnny Cash - Hurt
American IV - the man comes around (2002)



Imagine um viciado dizendo que quer se machucar só para sentir alguma coisa. Agora, pense em Johnny Cash, ele mesmo um viciado, transformando a música do Nine Inch Nails em um petardo para depressivos nunca mais voltarem. Assim é Hurt, magnifíca versão que Cash regravou no melhor disco da série American. Depressiva como alguém que vê a vida acabar da pior maneira possível.


Esse post tava perdido há quase dois meses no sistema do blogspot. Achei que agora seria um bom momento para retomá-lo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Frases soltas na madrugada

- Eu odeio jornalistas, mas gosto de você, disse ela após eu fazer um comentário maldoso sobre uma figurinha carimbada no meio rock. Com doses de vodca e energético na cabeça, não respondi, apenas ri e deixei pra lá. Afinal, eu também tenho meus momentos de ódio com jornalistas.

- Cara, o que você tem de artístico, fora o jornalismo?, outra me perguntou. Poxa, acho que nada. Pra começar, minha profissão não é arte, não é ciência, não é história... Lembrei da música e dos tempos que pegava forte nas baquetas inspirado em Lars Ulrich. Aí duas coisas se seguiram. Pensei quando comentei que pessoas sem talento estudavam administração e... será que usar palavras para machucar é uma arte? Tem horas que eu acho que é.

- Take advantage of the season to take off your overcoat, canta o ex-hermano. É engraçado, Amarante é Amarante até em inglês. Ouço o disco no iTunes enquanto escrevo e, subitamente, o sono vem. Tá certo que as frestas da persiana estão mais claras do que deveriam, mas acho que pelo menos uns minutos com Morfeu eu mereço.

- Não me misturo, eu escrevi. Isso anos depois de "não nos misturamos com cursos inferiores". Aí ouço que ofendi a honra de pessoas só por não pretender fazer a social com pessoas que não têm o mesmos interesses que eu. Saca Rob Flemming? Mas se for importante, para mim ou amigos, estarei lá. Então vejo num blog a definição perfeita: "Senso de humor não é rir ou não de uma coisa. É entender que alguma coisa é uma piada, ela te fazendo rir ou não". Foi nesse momento que lembrei da frase do Zé. - Ela (es) não entendeu (eram).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Seis coisas aleatórias sobre mim

O Upiara passou o desafio, cretino. Tá lá no blog dele desde 28 de janeiro. E ele ainda teve que chamar minha atenção para a corrente bloguística (blogueira?). Acho que, por conta do novo passatempo, perdi muito do interesse que tinha por blogs. Só uma noite insone mesmo para resolver ler todos os favoritos e tirar a poeira dos cantos do meu espaço. Enquanto a máquina enxágua algumas roupas, vamos lá. O desafio é listar seis coisas aleatórias sobre minha vida. Não sou muito bom nisso, mas pensei em algumas coisas.

1- Quando entrei na escola, aos seis anos, eu chorava o tempo inteiro e ficava na janela esperando meu pai ou minha mãe aparecer. Não por saudade deles ou de casa, mas sim porque queria brincar com meus amigos da rua e não aqueles do colégio;
2- Por algum tempo, tive bateria e costumava tocar por aí. Tive três bandas, cada uma seguindo uma linha de rock. A que mais refletia o tempo em que eu vivia foi a Sickness. Ela durou menos de dois meses no verão de 1996. Para terem uma ideia, tínhamos 11 músicas do Nirvana no repertório. E nossa única música própria parecia tirada de um disco do Silverchair;
3- Hoje eu digo que minha profissão me define. Mas até fazer vestibular eu não sabia o que queria da vida. Na verdade, eu só tive certeza que queria ser jornalista ao entrar na faculdade, com 19 anos. Isso depois de três anos tentando passar no vestibular;
4- Aprecio muito a solidão. E agora, morando em uma casa com alguns confortos, sair para o mundo exterior tá cada vez mais difícil. Para piorar, ainda fecharam a Landscape, o meu Cheers. Quando quero contato, entro no carro, vou ao supermercado ou em qualquer lugar 24 horas que fico satisfeito;
5- Sempre fui torcedor do Avaí, sendo sócio por muitos anos. Mas, desde que saí de Florianópolis, em 2004, fiquei mais fanático. Um amigo diz que isso é uma obsessão. E eu não discordo dele;
6- Saí de Florianópolis por conta da profissão. Fui morar em São Paulo por escolha e logo depois cheguei a Brasília por vias tortas. E, por causa dessas vias tortas, achei a cidade que quero morar para o resto da vida.

Bom, agora tenho que passar isso à frente. Então foram escolhidos Ainá, Ana Clara, Daniel, Felipe, Leandro e Ronaldo.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

É bola pra frente, é só coração

"Hahahah, paixão é isso." Foi assim que o Upiara reagiu quando eu disse que tinha acabado de comprar o pay-per-view do campeonato catarinense de 2009 para poder assistir aos jogos do Avaí aqui em Brasília. Como era um pacote, veio junto também o campeonato paulista - mais divertido que os outros estaduais - e a Série A do Brasileirão. Tinha a opção, pelo mesmo preço, de levar a Série B. Poderia secar os broncolenses sem gastar um tostão. Mas, como o próprio Upiara apontou, chega de segunda divisão.

O Pedro diz que isso é uma obsessão. Também, eu mostrei as compras de Florianópolis - mascote, camisa comemorativa e espumante. É paixão e obsessão. E estar a 1,7 mil km de distância só piora as coisas. Pena que rádio na internet tem delay. Caso não, ficaria ligado na CBN Diário enquanto assistia o jogo do Leão. Como lembra o filósofo Jagger, "you can't always get what you want".

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Festa comunista

Na última sexta-feira (9) rolou a Communist party 5. Foi bem legal, com muita gente - superou o público da quarta edição da festa. Apesar da animação de estar em cima do palco comandando as carrapetas, e de estar completamente concentrado nisso, consegui anotar minhas duas sequências. Parece fácil, mas a gente sempre acaba esquecendo porque a mente voa quando comanda as CDJs... Ah, vocês verão um grande número de músicas do Franz Ferdinand. Não é que eu gosto tanto da banda que toco várias na mesma noite. é porque eu fiquei com um especial do FF, enquanto Bode Velho mandou no New Order e o Ronaldo no Weezer. Nada de muitas novidades, basicamente o que rolou no ano 2000 já consolidado.

Primeira sequência:
Kaiser Chiefs - Everyday I love you less and less
Bloc Party - Banquet
Artic Monkeys - Teddy Picker
Franz Ferdinand - This fire
Datarock - Fa-fa-fa
Killers - Mr Brightside
Strokes - Last nite
Franz Ferdinand - Dark of the matinee
Hot Hot Heat - Talk to me, dance with me
Linkin Park' x Britney Spears - Toxic faint (mashup)
Rapture - Whoo alright!
The Pipettes - Your kisses are wasted on me
Amy Winehouse - Rehab
Cansei de Ser Sexy - Superafim

Segunda sequência
Ramones - I wanna be sedated
Backbeat Band - Money
The Stooges - I wanna be your dog
Kings of Leon - Molly's chambers
Strokes - Juicebox
Ting Tings - Great dj
Franz Ferdinand - Do you want to
Franz Ferdinand - Take me out
James Brown x Prince - Sex kiss machine (mashup)
House of Pain - Jump around
The Pipettes - Pull shapes
Franz Ferdinand - Darts of pleasure
Racounters - Steady, as she goes
White Stripes - Seven nation army
Stone Temple Pilots - Big bang baby
She Wants Revenge - Tear you apart

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Retrospectiva

Para meu espanto, meu editor veio esses dias e pediu para eu escrever um artigo sobre o que aconteceu na música em 2008. Achei estranho, afinal trabalho em um site especializado em política. Mas, como o chefão havia pedido para que fizessemos matérias mais diferentes, topei o desafio e mandei pra frente. A idéia era provar o ponto de que 2008 foi um ano muito bom para o rock no Brasil. Acho que consegui.


O ano em que os três tempos se encontraram

Mário Coelho

Passado, presente e futuro se encontraram em 2008. E não precisa desafiar as leis da física para lembrar quem se destacou na música no ano que terminou dias atrás. Do infalível Bob Dylan à menina prodígio Mallu Magalhães, teve de tudo no Brasil. Talvez, quem sabe, nunca na história deste país (soa familiar?) houve tanta oferta de música boa, seja em shows internacionais ou lançamentos brasucas.

Ah, para ser honesto com todos, antes de me alongar, digo que escrevo sobre o bom e velho rock’n’roll, aquele que já teve a morte decretada tantas vezes. Mesmo que Neil Young não canse de cantar por aí que o rock não pode morrer nunca, todo ano é a mesma coisa. Uns pintam a novidade da última semana escrita pelas revistas gringas como a salvação do estilo. E outros teimam em dizer que o senhor cinqüentenário já era.

Nesse espírito, basta lembrar de algumas coisas que aconteceram em 2008 por aqui. O ano passado teve, senão a melhor, uma das melhores seleções de shows internacionais da história. Teve para todos os gostos: Bob Dylan (confira) em uma turnê com ingressos de até R$ 900, o Queen repaginado com Paul Rogers (veja) nos vocais, os veteranos do Iron Maiden lotando estádios pelo país e as novas bandas em evidência no cenário internacional.

Apesar do preço salgado na maioria desses eventos, público não faltou. Seria a confirmação de que o Brasil realmente está ficando melhor? Não vou responder isso, deixo para os cientistas políticos e economistas. Mas uma coisa é certa: a galera que curte rock e suas vertentes não pode reclamar da oferta do ano que se foi.

Peguemos dois exemplos. O primeiro é o já citado Bob Dylan. Não foi a primeira vez que ele veio ao Brasil. Na verdade, já tinha passado por aqui outras duas vezes. Mas quem se importa, não é verdade? Em março, shows lotados por onde ele passou e um público que refletia a influência e relevância de Dylan. Do respeitado senador Eduardo Suplicy (PT-SP) à mais nova revelação da música brasileira, a adolescente Mallu Magalhães, 16 anos.

Do outro lado, veio o Planeta Terra. A segunda edição do festival, em novembro, conseguiu unir o novo, o não tão novo e os mais velhos. Dos ingleses do Jesus and Mary Chain (confira), que começaram a carreira no fim dos anos 1980, aos também ingleses adeptos do rock matemático do Foals, passando por Breeders, Bloc Party e Kaiser Chiefs, teve de tudo um pouco.

Mais exemplos de que o ano realmente foi fértil em matéria de shows? Tivemos Duran Duran e Queen, direto do túnel do tempo, as novidades do TIM Festival (o rapper Kanye West e o punk cigano do Gogol Bordello foram os destaques), o rock inspirado em Joy Division e Echo & The Bunnymen dos nova-iorquinos do Interpol, além dos emos do My Chemical Romance, que arrancaram gritos dos adolescentes Brasil afora.

Não dá para esquecer também a cinqüentona Madonna, que causou frisson ao fazer três shows em São Paulo e dois no Rio de Janeiro em dezembro. Os jornais e as emissoras de TV não cansaram de mostrar os fãs acampados por dias na porta dos locais onde a cantora norte-americana se apresentaria. Isso para conseguir o melhor lugar para assistir ao espetáculo que Madonna mostrou na lucrativa turnê Sticky and sweet.

Outro destaque foram os norte-americanos do REM, que impressionou os fãs em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Na capital paulista, o vocalista e líder da banda, Michael Stipe, foi visto entrando na Funhouse, uma das melhores casas rock da cidade. Muitos que estavam na fila se arrependeram de não terem levado suas câmeras fotográficas ou um celular mais moderno.

Festivais

Boa parte das grandes – ou pequenas – atrações internacionais que vieram ao Brasil passaram por festivais. Dos que integraram as escalações dos já citados TIM e Planeta Terra, ao Muse, que fechou o Porão do Rock em Brasília, e Metric e Go! Team, no Motomix, opções não faltaram.

Aí é possível ver como os produtores cresceram em profissionalismo pelo país. Tiremos aqueles patrocinados pelas grandes marcas. Tivemos, de acordo com levantamento inicial da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), 870 bandas diferentes se apresentando nos 32 festivais associados à entidade.

E sabe o que é mais legal? É que eles estão espalhados pelo Brasil, sem se concentrar no eixo Rio-São Paulo. Do mencionado Porão do Rock na capital dos brasileiros ao celebrado Goiânia Noise, em Goiás, passando pelo Calango, em Cuiabá (MT), e pelo Mada, em Natal (RN), músicos locais puderam trocar experiências com bandas de outros países e mostrar seus trabalhos.

Outro destaque foi o El Mapa de Todos, também em Brasília. O festival teve sua primeira edição em 2005 como Senhor Festival e mudou seu nome e proposta em 2008. Integração entre os países latinos é a palavra chave do El Mapa, realizado com a chancela de Fernando Rosa, o Senhor F em parceria com o Espaço Brasil Telecom. Melhor para o público.

Voz e violão

A cena brasileira teve seu destaque com os parentes do rock. O destaque veio com uma menina de 16 anos, que tomou de assalto a mídia e polarizou a discussão sobre a música no país. Mallu Magalhães colocou suas músicas no My Space, participou de programas na poderosa TV Globo e fez por ela mesma todo o frisson ao lançar seu primeiro disco, homônimo, com a produção de Mario Caldato Jr. (que já produziu Beastie Boys, Planet Hemp e Bebel Gilberto, entre outros).

Mallu tem influências improváveis para uma menina de 16 anos. É fã declarada de Bob Dylan e Johnny Cash. E isso se reflete na sua música, um folk rock que remete a cantoras como Cat Power e Feist – mais à primeira do que à segunda. Além de chamar atenção com suas canções, a garota atraiu as revistas de fofoca ao começar um namoro com o ex-Los Hermanos e hoje em carreira solo Marcelo Camelo, 14 anos mais velho. Ouça Mallu e Camelo cantando juntos (confira).

Camelo, por sinal, cada vez mais investe na imagem de Chico Buarque do século 21. Seu disco solo, “Nós” – ou Sòu, dependendo de como você ler – ganhou os fãs do Los Hermanos e mais outros por aí. Assim como o Little Joy, investida do ex-Hermano Rodrigo Amarante com o mezzo brasileiro mezzo norte-americano Fabrizio Moretti, baterista do The Strokes.

Além disso, a música brasileira viu a consolidação dos matogrossenses do Vanguart e do Macaco Bong, o surgimento do Holger e o multiinstrumentista Curumin estreitando a ponte entre São Paulo-São Francisco-Tóquio com o fantástico disco Japan pop show, uma salada com samba, soul e dub.

Se 2009 seguir o ritmo, ficaremos muito mal acostumados. E o pior – não seria melhor? – é que, mesmo com a crise financeira mundial, parece que o ano que mal começou seguirá na mesma toada. Que venham Radiohead, Kraftwerk e outras tantas coisas boas!

*Mário Coelho, 29 anos, é repórter do Congresso em Foco desde setembro e DJ nas horas vagas. E não consegue viver sem jornalismo e sem música.