segunda-feira, 26 de maio de 2008

Da prateleira de filmes



Esses dias, em plena madrugada, vejo o aviso na televisão: o filme não é recomendado para menores de 16 anos por conter cenas de sexo e violência. Claro que a classificação indicativa me faz manter a escolha do canal por mais alguns minutos. Bastou a primeira cena para prender definitivamente minha atenção por quase duas horas. A Globo tinha programado para transmitir, na madrugada de sábado, um dos melhores filmes de terror/catástrofe dos últimos tempos: Extermínio.

Dirigido por Danny Boyle, o filme mostra o que acontece com a Inglaterra 28 dias depois de uma epidemia de raiva ter se alastrado entre a população. Caos, mortes, terror e abandono. Vinte e oito dias depois, o personagem Jim acorda dentro de um hospital. Ele não faz idéia do que aconteceu. Então ele começa a vagar pela Londres vazia. A cena impressiona. A escolha de planos abertos só reforça a sensação de solidão. A cidade abandonada, carros batidos, lixo pelo chão. Ele encontra dinheiro na rua e recolhe tudo, sem fazer idéia que nada daquilo será útil.

Essa é uma das minhas duas cenas favoritas no filme. A outra, lá pela metade da fita, é a única verdadeiramente feliz em Extermínio. Junto a três outros sobreviventes, Jim saqueia um supermercado, escolhe comida que não precisa ser cozinhada e bebidas. Estocam o suficiente para sobreviver pelos próximos dias. Durante os poucos minutos de tomada na loja, fica no fundo uma das melhores músicas do Grandaddy, A.M. 180.

Extermínio muitas vezes é confundido com filmes de zumbis, assim como Resident evil. Seguindo os preceitos do mestre Romero, zumbis são mortos-vivos, que morreram e recuperaram as funções motoras, mas são incapazes de ter qualquer tipo de sentimento ou consciência. Seus movimentos são lentos, seguem apenas a fome por carne humana. No filme inglês, eles são rápidos e violentos, como cães raivosos. O filme de Boyle, assim como os de zumbs, estão entre os prediletos da casa. Impossível não se divertir com eles. Seja um trash que passa na tv a cabo ou a sátira respeitosa feita por malacos ingleses.

2 comentários:

Ana Clara disse...

Eu queria poder entrar no mercado e levar coisas sem ter que pagar. Gostei do que vi, quando pude :)

Felipe disse...

Ihhhhh... O cara tem blog noooovoo!!!