segunda-feira, 12 de março de 2012

Terror dos bons

American horror story realmente vale a pena ser vista. Pense em algo baseado em Poltergeist com pitadas de Cemitério maldito, A profecia, O bebê de Rosemary e mais uma série de outros clássicos do terror. Tudo isso com a magnífica perfomance de Jessica Lange e de um bom elenco. Apesar de um primeiro episódio confuso, com roteiro atirando para tudo quanto é lado, é bom continuar. Junto com Homeland, são os dois grandes seriados de 2011.

Óbvio que os enredos são completamente diferentes. Enquanto um tem no suspense e terror seu mote, o outro usa a contemporaneidade dos conflitos terroristas como linha de história. No entanto, em comum, roteiros bem construídos e atuações femininas muito boas. Em AHS, Jessica Lange realmente dá um banho como Constance Langdon. Em Homeland, Claire Danes está espetacular como agente da CIA que sofre de transtorno bipolar.

Nestas horas que a gente vê como faz a diferença ter "atores de verdade" numa série com um pouco mais de liberdade. É claro que, na escala de "o céu é o limite" para roteiros, a Showtime, que produz Homeland, está bem à frente do FX, canal onde passa AHS. Já escrevi aqui, porém, que a série tratada como uma versão feminina de 24 horas parece padecer do mal de outros programas: ter um enredo suficientemente bom para apenas uma temporada.

Para quem não viu AHS e pretende assistir, cuidado com spoilers. Achei interessante a ideia dos produtores em não manter a casa assombrada em Los Angeles como cenário da série. Também é uma boa acabar com boa parte dos personagens, mantendo uns poucos dos que se destacaram. Se tem uma coisa que 24 horas ensinou é que quase todos são dispensáveis. Deixa a família para lá, todos morreram e ficaram felizes assim. As intrigas dentro do casarão não atrairiam a atenção de muita gente. Que venha a segunda temporada. E viva o terror!

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