O mau-humor tava grande depois de só ter dormido três horas. Se foi isso, não contei. A insônia da madrugada de segunda-feira foi braba. Acordei, voltei a dormir, olhei no relógio e tava atrasado demais. Deixo a cafeteira trabalhando enquanto tomo banho e me arrumo. Termino tudo e coloco o iPod em volume máximo no ouvido. Ao invés do shuffle de sempre, decido colocar Tenacious D para tocar.
Além da descoberta de que a banda do Jack Black e do Kyle Gass é capaz de transformar o humor mais cinzento em tranqüilidade, como eu disse no Plurk, comecei a relacionar cinema e música por causa de uma determinada música: The metal. Tenacious D é quase uma banda fictícia. Eles brincam com os clichês do heavy metal ao mesmo tempo que homenageam seus ídolos.
É como assistir Shaun of the dead, que aqui no Brasil recebeu o tosco título de Todo mundo quase morto. A sátira é altamente respeitosa, coisa que só um fã faria. Na hora, foi impossível não relacionar com a brincadeira do Hermes e Renato, que criaram o Massacration. Tá, eles também são fãs de heavy metal, tanto que a banda tem feito shows pelo país inteiro, os caras sabem tocar e mostram conhecimento.
Mas enquanto o Tenacious D diz que você não pode matar o metal, Massacration apela para os clichês de não usar bermuda. Se um é Shaun of the dead, o outro é Todo mundo em pânico. Enquanto um usa piadas mais sofisticadas, o outro apela para o riso fácil. Cada um na sua, ambos têm espaço. E com seu prazo de validade também.
2 comentários:
Gostei da comparação.
Apesar de não gostar do som, dá pra imaginar vc p. da vida por acordar cedo se alegrando com, hum, metal.
;)
Dave Ghrol merecia o Oscar de melhor coadjuvante!
"I am compleeete!!"
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