Eu sou louco por livros, por livrarias, por sebos. Além de visitar com frequência os bons comércios da capital, gosto também de fazer uma ronda quando vou a outras cidades. Por sorte, termina hoje a Feira do Livro de Florianópolis. Eu estou tão desconectado das notícias que nem sabia que estava rolando. E olha que a minha orientadora tinha comentado quando a visitei no início da semana! Nem me toquei do que ela estava falando...
Só vi que estava rolando porque passei pelo centro histórico de Florianópolis na quarta de manhã. Parei o carro longe de onde deveria estar; por isso, acabei trombando com a estrutura de lona que abriga os estandes de livrarias e editoras. Não sei se é minha memória afetiva ou se o mercado encolheu demais. Eventualmente pipocam notícias dizendo que o mercado literário está aquecido (ah os termos de economistas), que as vendas são boas, etc. Não é o que pareceu na Feira do Livro.
Boas opções para crianças e para adolescentes. Desde livros para os pequenos aprenderem o alfabeto pintando (comprei um para a sobrinha/afilhada) até os recentes romances água com açúcar sobre vampiros e lobisomens não faltam. No entanto, foi um tanto difícil achar algo para mim. Nada parecia muito atraente. De qualquer maneira, consegui levar dois livros que devem render boas leituras. Um deles eu já tinha visto, o outro era novidade.
Mas o melhor foi a conversa com um dos atendentes do estande onde fiz minhas compras. Eu queria saber do A privataria tucana, do ex-colega Amaury Ribeiro Jr. Após me contar uma história que parecia saída de um livro de John Grisham ("o Serra comprou toda a primeira edição. O FHC vai comprar toda a segunda para ninguém ler"), veio o lamento: "Todo ano tem um livro que salva o Natal. Este ano era este".
Para ter uma ideia, o vendedor me disse que em Florianópolis apenas a Livraria Catarinense conseguiu umas cópias. Foram 60, todas vendidas em um intervalo de uma hora. Um livro por minuto. Caramba, a Geração Editorial deve estar rindo à toa. "Aqui você não vai conseguir esse livro. Eu vou tentar, eu quero ler e vender. Nem que seja uns dez livros", disse o vendedor. Para ler, ele disse que vai baixar na internet. Mas que vai continuar ma busca para render uns trocados, isso ele vai.
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