Tinha 12 anos quando comecei a ouvir música com mais atenção. Sinceramente, não poderia ter escolhido ano melhor. Até então, meu aparelho de som conhecia basicamente uma fita cassete com a gravação de "Appetite for destruction", o primeiro disco do Guns'n'Roses. Ouvi aquela Basf mal gravada até dizer chega. Tanto que até hoje, passadas duas décadas, ainda sei as 12 músicas da estreia da banda de Axl Rose de cor.
Tava aqui relembrando de alguns discos que foram lançados em 1991. O "Nevermind" mereceu um post à parte por aqui. Forçando a memória, eu lembro bem que "Blood sugar sex magic" e "Ten" foram lançados na mesma época. Assim como o álbum preto do Metallica. Aí olhando na Wikipedia, vi outros lançamentos que me marcaram de uma maneira ou de outra. "Loco live" foi a minha porta de entrada para o Ramones, uma das minhas bandas prediletas de todos os tempos.
Apesar de muita gente preferir o "Superunknown", eu sempre gostei mais do "Badmotorfinger", terceiro disco do Soundgarden. Tinha aquele vinil que rolava o lado A sem parar, especialmente entre as faixas Rusty cage, Outshined e Jesus Christ pose. Como livros, filmes e qualquer outra forma de arte, a música tem seu tempo para passar a fazer sentido e entrar na vida de alguém. Outros dois discos de 1991 tiveram esse efeito em mim.
Mesmo conhecendo muito tempo depois, "Leisure" virou meu disco predileto do Blur. É sempre a ele que recorro quando quero ouvir a banda. Ou quando quero tocar algo numa festa. Já não aguento Song 2 e boa parte de "Blur", o primeiro CD deles que comprei. O outro é "Out of time", do REM. Losing my religion tocava o tempo todo na MTV, mas confesso que não dava muita bola para aquele cara com o rosto furado que dançava estranho no clipe. Depois que fui entender e me ligar como aquilo era bom!
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