Dormir de um lado apenas da cama sempre foi um mistério para mim. Poxa, com tanto espaço, desenhado para duas pessoas deitarem, nunca entendi a escolha de não aproveitar tudo. De chegar ao ponto de deixar uma marca no colchão. Obviamente que falo de quando estão sozinhos, claro. Lembro da minha irmã que, depois de se separar, continuava no mesmo lado da cama. Achava isso engraçado.
Hoje, mesmo quando me deparo com a cama vazia, deixo o espaço intocado. Na maioria das vezes né. Às vezes invado e me espalho, pernas e braços abertos ocupando quase tudo. Só que é bem melhor imaginar que ninguém se levantou, lavou o rosto e saiu. O edredon fica do jeito que estava, os travesseiros também. E eu vou fazendo um buraco do meu lado, sem usar mais minhas cobertas, deixando tudo pra ela.
Não troco pelo mundo.
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